02/02/2021 - Especialista do Horp alerta para perigos de alergias, infecções graves e até perda da função visual.
Os olhos nunca estiveram tão em evidencia como nos últimos meses, com a obrigatoriedade do uso de máscaras para proteção contra a Covid-19. São eles que agora refletem os sorrisos e as emoções. Uma realidade que deve se estender mesmo após a vacinação e o fim da pandemia.
Por essa razão, houve um aumento considerável no interesse das pessoas por procedimentos estéticos na região dos olhos, desde cirurgias plásticas – que registrou um aumento de 50%, de acordo com a estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) - até procedimentos considerados mais simples como as extensões de cílios e maquiagens definitivas.
O cenário é comum para essa nova realidade, por outro lado, houve um aumento proporcional nos consultórios oftalmológicos de pacientes com alergias e infecções graves nos olhos causadas por procedimentos estéticos. É o que alerta a médica oftalmologista do Hospital do Olho Rio Preto – Horp, Flávia Pettersen Soares.
“Estamos recebendo muitos pacientes que fizeram procedimentos estéticos, nessa busca para realçar o olhar e aumentar a autoestima, e acabaram tendo problemas sérios como infecções. Por ser uma das partes mais sensíveis do corpo humano, qualquer intervenção junto ou em volta dos olhos requer um cuidado especial”, afirma.
A recomendação da especialista é que os cuidados comecem antes mesmo de realizar qualquer procedimento. “É preciso verificar se o profissional é capacitado para tal e se possui os recursos adequados, independente se será realizado por um médico ou esteticista. Também é aconselhável buscar informações sobre a técnica, se é testada e aprovada e, se possível, buscar boas referências”, aconselha.
Os principais riscos, segundo Dra. Flávia, são as alergias e irritações oculares, devido ao uso de determinados produtos, e a infecções, que são mais graves e podem ocorrer em casos onde há reutilização de materiais durante o procedimento ou até mesmo por malcuidado do próprio paciente, como a higienização incorreta do local. Se não tratados adequadamente, esses problemas podem causar sérios danos à visão.
“Cuidado nunca é demais. Se o procedimento for realizado por um profissional capacitado e com a higiene adequada, não vai oferecer risco”, explica.
A especialista finaliza orientando que “ao notar qualquer incomodo após a realização de um procedimento estético nos olhos, não é recomendado a automedicação. A indicação é procurar imediatamente um oftalmologista para a realização de diagnóstico e tratamento corretos”, conclui.
Sobre o HORP
Criado por um grupo de oftalmologistas, em 1980, o HORP oferece prevenção, diagnóstico e tratamento ocular à população de São José do Rio Preto/SP e região. Deste então, mais de 300 mil pacientes, de 3.200 cidades espalhadas pelo Brasil e pela América Latina, já receberam os cuidados e a atenção da equipe médica e dos colaboradores do hospital.
O HORP conta hoje com mais de 20 médicos oftalmologistas em várias áreas: catarata, córnea, estrabismo, glaucoma, lentes de contato, oftalmologia geral, oftalmopediatria, plástica ocular, refrativa e retina e vítreo.
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